José Felipe Ruppenthal
Apenas quatro países no mundo possuem uma área territorial maior do que o Brasil, com seus 8,51 milhões de km²: Rússia (17,1 milhões km²), Canadá (9,9 milhões km²), Estados Unidos (9,8 milhões km²) e China (9,6 milhões km²).
Todos esses países enfrentam desafios para cobrir todo o seu território com rede móvel, incluindo áreas remotas e inacessíveis, diferentes tipos de terreno e populações dispersas.
Como resultado, esses países enfrentam grande batalhas para garantir que todos os seus cidadãos tenham acesso à inclusão digital, alguns mais avançados, outros menos.
E como está a situação no nosso país?
De acordo com os dados da Anatel, mais de 15 milhões de pessoas (isso é quase 8% da população) não possuem cobertura de rede móvel; essas pessoas estão excluídas de uma série de oportunidades que o acesso à rede móvel oferece.
Isso significa que milhões de brasileiros estão privados de uma ferramenta essencial para o desenvolvimento pessoal e profissional.
Quase metade das pessoas que moram no campo, longe das cidades, não têm cobertura de rede móvel.
Além isso, quase 38.000 km de estradas federais não possuem cobertura de rede móvel, seja qual for a tecnologia (2G, 3G, 4G ou 5G).
A situação melhorou bastante nos últimos anos, é verdade, e alguns compromissos oriundos do leilão do 5G devem melhorar ainda mais. Mas ainda falta muito, especialmente para quem vive no campo ou precisa viajar por essas estradas desconectadas.
A inclusão digital no Brasil é um desafio que precisa ser enfrentado.
O governo e as empresas de telecomunicações precisam trabalhar juntos para garantir que todos os brasileiros tenham acesso à rede móvel, independentemente de sua localização ou condição social.
É hora de pensar em soluções práticas para melhorar isso e fazer com que mais pessoas possam se beneficiar desse desenvolvimento.
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