José Felipe Ruppenthal
O mercado de telecomunicações brasileiro está passando por uma transformação significativa com a migração gradual dos consumidores para planos pós-pagos. Desde a pandemia, essa mudança se acelerou e, hoje, os planos pós-pagos já representam a maioria dos acessos móveis no país.
Esta publicação oferece uma análise dessa mudança, explorando diversos aspectos:
◼ Panorama geral: abordamos a proporção atual entre planos pós-pagos e pré-pagos, destacando o crescimento dos pós-pagos e o marco histórico de 2020 como um divisor de águas.
◼ Visão por tecnologia: analisamos a penetração dos planos pós-pagos em diferentes tecnologias (2G, 3G, 4G e 5G), tanto para o público B2C (consumidores) quanto B2B (empresas).
◼ Visão por tipo de produto: segmentamos os dados por tipo de produto (dados+voz, M2M e PoS).
◼ Visão por tipo de pessoa: observamos a distribuição dos planos pós-pagos entre pessoas físicas e jurídicas, evidenciando a quase totalidade de empresas que optam por essa modalidade.
◼ Desempenho por estado: investigamos a penetração dos planos pós-pagos em cada estado brasileiro, identificando as regiões com maior e menor adesão.
Análise dos Dados:
1. Panorama geral:
◼ Total de acessos móveis: 255,99 milhões (incluindo M2M/PoS)
◼ Planos pós-pagos: 58% (148,58 milhões)
◼ Planos pré-pagos: 42% (107,41 milhões)
2. Visão por tecnologia (% dos Planos Pós-Pago):
B2C & B2B:
◼ 2G: 78,0%
◼ 3G: 83,8%
◼ 4G: 51,3%
◼ 5G: 75,1%
B2C:
◼ 2G: 27,2%
◼ 3G: 33,9%
◼ 4G: 43,3%
◼ 5G: 73,1%
3. Visão por tipo de produto (% dos Planos Pós-Pago):
B2C & B2B:
◼ Dados+voz: 41,3%
◼ M2M: 99,9%
◼ PoS: 100%
B2C:
◼ Dados+voz: 45,5%
◼ M2M: 99,9%
◼ PoS: 100%
4. Visão por tipo de pessoa (% dos Planos Pós-Pago):
◼ Pessoa física: 45,61%
◼ Pessoa jurídica: 99,91%
5. Desempenho por estado (% dos Planos Pós-Pago):
◼Top 5:
SP: 73,5%
DF: 66,9%
RS: 66,1%
RJ: 63,4%
ES: 61,6%
◼Bottom 5:
AP: 34,0%
PA: 33,1%
PI: 30,0%
MA: 29,8%
AL: 37,6%
Observações:
◼ A migração para planos pós-pagos é mais acentuada em tecnologias mais recentes (4G e 5G).
◼ Praticamente todas as empresas optam por planos pós-pagos.
◼ O Distrito Federal possui a maior penetração de planos pós-pagos, enquanto o Amapá apresenta a menor.
A mudança para planos pós-pagos no Brasil é uma tendência clara e significativa, impulsionada por diversos fatores como a popularização de smartphones, o aumento do consumo de dados e a necessidade de serviços mais personalizados.
Ponto importante: Planos Controle são considerados Pós-Pago já que possuem algum tipo de compromisso, fidelização e consumo mínimo em R$ acordado entre as partes.
Essa mudança traz benefícios para as operadoras, que podem oferecer pacotes mais rentáveis e fidelizar clientes e, para os consumidores, que podem ter acesso a mais serviços e funcionalidades.
O que você achou desses dados? Tendência passageira ou futuro?
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